Os Descendentes de Johann Matthias Jacobi no Brasil
1728 até o presente

website de autoria de  Pedro Jacobi um descendente de Johann Matthias Jacobi



Pedro Jacobi
*15/02/1875 +março de 1969

Pedro Jacobi nasceu no dia 15 de fevereiro de 1875 em São José do Hortêncio (Piedade do Forromeco), RS, filho legitimo de João Jacobi e Elisabeth Kaspary (Gaspary) Jacobi.  Ele foi batizado no mesmo dia em Piedade do Forromeco.

Pedro, primeira geração nascida no Brasil, casou-se com Maria ANSCHAU, filha de Jorge ANSCHAU e Elisabetha LEDUR, em 15 junho 1903, em Bom Princípio, RS.
Maria ANSCHAUnasceu em São Vendelino, RS.

Pedro Jacobi e a maioria dos moradores das colônias eram os clássicos filhos (as) de imigrantes alemães  atraídos pelo projeto de colonização do Rio Grande do Sul, criado pelo Governo Brasileiro.


Pedro Jacobi em 1924
 
Pedro Jacobi em 1924

Aos quinze de Junho de mil novecentos e três depois de corridos os banhos do estylo não achando-se impedimento algum na Matriz de Bom Principio em presença das testemunhas João Neis Sobrinho e João Jacobi recebi em matrimonio Pedro Jacobi e Maria Anschau, elle filho legitimo de João Jacobi e Elisabeth Kaspary , natural e morador da Piedade e ella filha legitima de Jorge Anschau e Elisabetha Ledur, natural de S. Wendelino e moradora de Bom Principio, logo lhes dei as benções nupciaes as nove horas da manhã conforme o rito do bispado de que para constar fiz este termo, que assignei P. Rudgero Hermans Vigario.
Nota casamento de Pedro e Maria
Casamento Pedro Jacobi 
Pedro Jacobi casou  no civil com Maria Anschau em 29/01/1904  sete meses após o casamento religioso.
Fonte: Registro Casamento Católico da Paróquia Nossa Senhora da Purificação de Bom Princípio - RS. Página 69 do Livro de Casamentos 1879-1911.
 
Foto de Pedro Jacobi - possivelmente década de 40

Os descendentes de Pedro Jacobi

Os filhos de Pedro e Maria
Foto de 1924: Pedro Jacobi, Maria Anschau Jacobi e seus filhos. Na foto aparece Edmunda, a filha mais velha casada com Reinhold Schneider. Ainda não tinham nascido Inês e Arno.

 
Foto rara. Dois casamentos: José Jacobi casou com Margarida Junges e Johann Fritzen com Susanna Jacobi. Ao centro destaca-se, pela sua altura, José Jacobi e Margarida Jacobi.  No fundo, na frente da porta de entrada, o seu irmão Pedro Jacobi, meu avô e a direita, de barba, o patriarca e imigrante Johann Jacobi meu bisavô.

Juntos Pedro e Maria tiveram dez filhos:

-Maria Edmunda Jacobi Schneider-*29/03/1904
-Alberto Othmar Jacobi -*02/03/1906 + 07/05/1907
-Valdemar Jacobi -*07/05/1910
-Celina Jacobi-26/12/1916
-Jacob Silvino Anschau Jacobi *31/10/1914 +14/07/1987
-José Ottmar: *27/06/1912 +15/04/2006
-Imelda
-Winus
-Cecília
-Carlos Arno Jacobi: *04/06/1923 +06/07/1998
-Inês


Depoimentos:

O que ficou na minha memória, do meu avô Pedro Jacobi, foi a figura de um homem alto, magro extremamente gentil e muito respeitado por todos.
Ele era, como muitos descendentes de alemães,  reservado e sério.
As refeições só começavam, ou terminavam quando ele determinava.

Religioso, costumava rezar o terço todos os dias com a minha avó Maria Anschau Jacobi. Foi assim que aprendi alguns rudimentos do alemão e, naturalmente, a rezar nesta língua.


Mesmo aos oitenta anos ele tinha uma energia acima do normal. Isto que ficou transparente em um dia, quando visitávamos a sua casa, próximo do Arroio Forromeco, onde ele plantava quase tudo.
Na época os morangos vicejavam e, como crianças, éramos atraídos por eles.

É o que hoje se chama de morango orgânico, sem agrotóxicos.

Portal de Bom Princípio onde Pedro Jacobi se estabeleceu e plantava morangos

Neste dia estávamos, eu e minhas irmãs, crianças de menos de dez anos, querendo subir em uma árvore cheia de frutas quando aquele alemão de quase 1.90m, com mais de oitenta anos, se prontificou a subir.

Ele subiu no alto, parecia alcançar o céu, para buscar algumas frutas para os netos.

Poucos se atreveriam nesta idade.

Mais tarde, próximo do final de sua vida ele e a vó vieram morar conosco em Petrópolis, Porto Alegre.

Sempre calmo, quieto e gentil, quase não sabia falar o português, o que foi sempre o nosso principal problema de comunicação, já que nem eu nem as minhas irmãs e mãe, sabíamos o alemão.

Ele faleceu oito meses depois que a minha avó morreu, aos 98 anos, sem jamais incomodar ninguém.

Pedro Jacobi faleceu em 1969,  período em que residia na casa de seu filho Jacob Silvino Anschau Jacobi. Ele foi sepultado no Cemitério da Irmandade Arcanjo São Miguel e Almas em Porto Alegre no mesmo túmulo da sua única esposa e companheira Maria Anschau Jacobi.


(Pedro Jacobi)



 
Fontes:

-Hammann, André, A História da Família Jacobi, não publicado,
-Schmidt, Nélio, Famílias de Origem Alemã no Rio Grande do Sul Volume I, Genealogia RS, Porto Alegre, 2015
-Relatos diversos dos descendentes de Peter Jacobi
- Pesquisas do Padre Blásio Jacobi e de José Steffens**
-Contribuição Eurico Sander

 
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